Páginas

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Palavras desfragmentadas de um fragmento (doc.)

Fome. Anceio. Sede. Palpitações. Falta do tato. Falta. Minha falta. Falta minha. Ambas. Caminhar. Correr. Regredir. Sorrir. Chorar. Lamentar. Poesia. Acordar. Se lavar. Se arrumar. Trabalhar. Voltar. Almoçar. Brócolis. Batata doce. Peixe.Atraso. Trabalho. Correria. Rotina. Café. Café com leite. Água. Apagar as luzes. Saída. Trânsito. Cogitação. Avenida. Tarde. Se livrar. Respirar. Pensar. Não falar. Pensar. Entender. Compreender. Reviver. Relembrar. Estar. Não estar. Os dois. Perdoar. Não perdoar. Sentar. Descansar. Tomar. Apreciar. Olhar. Pensar. Não falar. Pensar. Falar. Acender. Chegar. Cultivar. Mirar.

Tudo coopera para que os fragmentos que foram desfragmentados, não sejam perdidos, não sejam esquecidos. Apenas, da melhor maneira possível, lembrados.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CINCO

Para dizer a verdade, não sei o que escrever. Aliás, nem sei se tenho algo para escrever. Em matéria de palavras, razões, conclusões, opiniões e sentimentos, ultimamente eu tenho mandado muito mal. Muito mal.

Me sinto fria e ao mesmo tempo, dramática demais. Não aceito alguns pensamentos e nem algumas atitudes. E tenho me  distanciado de muitas coisas e outras coisas e pessoas, se distanciado de mim.

Talvez seja pela arte de estar fazendo tudo errado. 

Erro esse, que sei que não é a pior coisa do mundo mas, para algumas pessoas tem consequências graves. Aí, penso eu: "A fome no mundo é mais importante que isso". Entretanto, alguns dão prioridades a sentimentos de baixo gravão humano.

Não quero nada. Nada além de uma vida profissional sucedida. Nada além da minha família e de bons amigos. A vida, tende a mudar cada segundo e, sem percebermos, mudamos junto com ela. Aquele amor que outrora parecia infinito, hoje é possível perceber que não passava de um estado alterado do coração. 

A gente sofre, aprende, cresce, amadurece. Para mim, o sofrimento vem como uma luva no encaixe do meu pulsar pois, com ele, aprendo o quanto posso ser forte, observadora e pensativa. O quanto posso recusar  a gostar daquilo que não quero mais pois, por um passado - embora tenha sido bom - não me fez bem. Não me fez bem...

Ah! Se sentir sem pedágio, leve e disposta é um estado tranquilo da mente. É aquele momento que pensamos e refletimos tanto sobre o passado e o que queremos para o futuro. Ou melhor: sobre aquilo que temos feito para o nosso futuro.

Queria ter certas atitudes perdoadas. E sabe? Sou tão só, que nem minha própria sombra me acompanha. Ela se desvia, pois sabe que eu preciso desse momento. Ela sabe que eu não quero voltar atrás. Ela sabe que eu quero é seguir em frente, com novas expectativas, novos olhares. Ela sabe disso... ela sabe!

Mas, alguns humanos insistem em fazer do simples algo confuso. O que poderia ser belo, belo já não é mais.

Todavia estou com sorte. Aquele sentimento de "intensificar", tomou um banho de água fria. Ora, estar só, se sentir só, nem sempre é estar, de fato, sozinho.

Ás vezes a gente precisa de um tempo com a gente.

Aí vem a vida, leva e traz... traz e leva. Mas tudo que se quer, é o novo. Sem aquela velha bagagem ou  aquele velho pedágio. Porque, no estar só, descobre-se que o pulso é uma fonte inabalável de vida...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

As idas e vindas!

Não vou prometer. Estar aqui nem sempre é possível. O cotidiano, o rotineiro, a vida que segue ás vezes é dura, e deixa-nos com uma das mais famosas desculpas que possuímos, sempre falar mais alto: a falta do tempo.

Tempo, que não soma com o passar dos dias, mas sim, que subtrai.

Até porque, prometer, é algo tão insolente. Ás vezes cumpre-se, ás vezes não cumpre-se. Mas, para os ouvidos que receberam as promessas, sempre é tempo de esperar pelas promessas que foram prometidas. E a espera, é incansável. Mesmo com o passar dos dias, onde a afirmação de que ela não será cumprida, é vista ao longe, e ás vezes, vista bem de perto.

Não prometer, é melhor. E prometer que não vai prometer, é mais vigorante, é menos pior. É que assim, parece que o texto da vida tende a fluir de maneira sensata, sem pedágio, sem propagandas caras, sem meios sorrisos ou falsos sorrisos e muito menos, sem um rosto triste. Não prometer, é parecer que as surpresas que virão, ou as atitudes que serão tomadas, deixará o percurso mais inusitado, mais tentador e mais convidativo.

Para quem não promete, há sempre surpresas intensificadas que podem ser feitas. E coisas inesperadas,  intensificadas, sempre são muito bem vindas. Principalmente, aquelas que arrepiam os cabelos, que nos vigoram, que nos deixam abobalhados a ponto de PEDIR o bis. De realmente querer o bis.

Eis aí, o fato de não prometer ser ainda mais excelso e mais tentador, para ambas as partes (tanto para quem vai falar sobre promessas, quanto para aquele que irá escutá-las): é que sem promessas, tem-se um caminho mais aliviado, mais leve, e podemos ser mais distraídos...

Distraídos, para receber a tal da felicidade que Guimarães Rosa aponta.

Não prometer, talvez seja também, não magoar.

Magoar, é se magoar.

E para evitar as mágoas e as frustrações, é melhor que não se prometa. É melhor um sorriso, um olhar e um bom abraço como resposta.

Gestos sem promessas, tende a marcar mais que a promessa. Ah, e como marca! Marca pelo tato, pelo toque, pelo arrepio que vigora, pela sensação de distração que deixa abobalhado...

Não prometer e não fazer, não geram frustrações. Angústias, ás vezes vem, com aquelas promessas que recebemos, e que não são acompanhadas do compromisso de  que elas fossem cumpridas.

É melhor deixar fluir, ficar leve, sem pedágio... É melhor deixar que o sorriso, o olhar, o abraço, fale no lugar de promessas, de palavras... É melhor marcar pelo tato, e deixar o outro vigorado, do que marcar pela promessa não cumprida. 

Palavras, ás vezes, perdem-se com o vento e com o tempo. O tato, não. Fica na memória, na alma, não sai da cabeça, da mente, não sai do corpo... e vigora, deixa a gente leve, sem pedágio e abobalhado....

Faz bem!!




quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Atualizando um blog desatualizado!

Mesmo esse blog estando em meio á teias de aranha, sei que sempre tem alguém que vem aqui, dá uma olhada e fecha (nada de novo e nem de interessante, né?!).

E, é por isso que quero deixar aos poucos e raros leitores do blog, uma mensagem.

No mais, MUITA PAZ!


MENSAGEM:

“O que nos faz pensar e acreditar, que somos seres mais especiais que outros? O que nos faz destratar, gritar, negar afeto ou, simplesmente não ouvir, um certo alguém?

Será por causa da sua cor? Será por sua classe social? Será o seu tipo
sanguíneo?

Nada justifica não fazermos o pouco que podemos, mesmo sendo pouco.

Nada justifica, não amarmos o nosso próximo e não acolhermos suas necessidades de água ou pão.

Nenhuma classe social, é maior ou melhor do que a vida.

Deveríamos ter mais compaixão uns pelos outros para deixar que o amor – ATRAVÉS DE NÓS -, abraçasse os mais necessitados e carentes, seja qual for a sua necessidade.

Principalmente se essa necessidade for apenas, um SORRISO!

Somos todos seres humanos, e o final para todos, é um só. Mas podemos e devemos, mudar o jeito de viver o meio desse caminho.

Porque há uns mais pobres e outros mais ricos. Entretanto, todos com fome e sede de amor! “


[Fotografia feita no bairro São José - Muriaé, setembro de 2012]

terça-feira, 17 de abril de 2012

Diário desatualizado de uma garota que se diz atualizada !

Idade: 21.
Mente: sim.
A outra mente: anda sã.


Hoje, sem dúvidas, precisava vir á esse blog escrever. Há tempos, não fazia isso. E, de fato, há teias de aranhas percorrendo toda essa página em Preto&Branco!

Vinte e um e, são tantas decisões. Você comete loucuras, você mente, você faz certo, você faz errado, você diz a verdade, você faz na mão certa ou, faz tudo ao contrário. Você se sente um ser humano que só usa dez por cento de sua cabeça animal e entende que há um dia que você está bem e há um outro, que você está mal.

Nessa etapa, você começa a entender o valor de sua palavra e, dá uma leveza aos seus acertos e, se martiriza quando comete um erro. Não falo de outra pessoa, falo de mim mesma.

Nada contra mas, essa Tarlis Araújo, já passou dos limites.

Que fase!

Hoje, não consigo durmir. Só penso no que vai ser do meu dia seguinte. Não fecho os olhos, nem para um cochilo. Ando e desando. Acerto e erro. Largo e aperto.

Pobre e coitada.

O meu coração está apertadinho, apertadinho inho inho nho. Quase não há espaço para dá um suspiro cheio de alívio e leveza. Aquela sensação: fiz/faço tudo errado.

O que é que vai ser de mim Deus?

Quando penso que está tudo bem, vem a vida e me prega uma pecinha e pronto, vem outra vírgula e nesse meio termo, há sempre algo negativo.

Algo negativo há. Só não há algo negativo o bastante que me faça desistir em meio aos redemoinhos da vida. Afinal, quem é que não sofre um pouco, não é mesmo? E, é nesse sofrimento que a gente cresce. Cresce, aprende e reaprende tudo outra vez.

Desculpa aí, mas, eu também sou fraca. Sou um ser humano. Lembra-se disso? E, como eu já disse, nada para mim é o bastante.

É por isso que eu vivo insatisfeita mas nunca cansada da vida. Sei que há sempre mais e que eu posso muito mais.

Já mudei o percurso, o discurso e a conversa desse caminho.

A vida tende á essas coisas . . .

É normal cair no buraco. E não se culpar, é maturidade. Poucos aprendem de forma leve, com aquilo que fez de errado. E eu estou nessa!

Vivendo e aprendendo...