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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

* FESTIVAL PERCEPÇÕES * (doc.)

O nosso Brasil está precisando de gente como a gente: que questiona e em silêncio, descobre o "novo eu". E o festival Percepções 2009, traz, com José Geraldo Pena e Adriano Medeiros mais os acadêmicos da FAMINAS do Curso de Comunicação Social em seus derivados períodos, o clímax das oficinas, do cinema e do vídeo correlacionados á estes debates, dos amados da cultualidade (os cults).
VALE A PENA PARTICIPAR!!!!
Entre no site, e inscrevam-seeeee!!!

Para maiores informações:
http://www.faminas.edu.br/percepcoes/

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Como é ser amado? (doc.)

Sempre me questiono, como é ser amado realmente. Aposto que é algo bom, que te impulsiona e te coloca pra frente e que lhe deseja o bem da vida.
Tenho o conhecimento das paixões e desilusões, mas nunca o amor verdadeiro: daquele que cuida e daquele que quer bem.
Houve uma estória em minha vida, onde pensei que estava vivendo o amor, mas o engano foi meu. Eu amava, só não era amada. Cuidava, mas não recebia zelo. Sei que quando se ama, pensa no bem e na felicidade do outro; que quando sentimos o amor, fazemos o bem não olhando á quem. Fazemos sempre algo com amor! Não mereço essa sorte? (risos).. O azar, assim como o engano, também é, pelo visto, todo meu.
O amor nos impulsiona! Nos coloca para frente, para o alto, nos faz querer enxergar o que é de melhor no outro. Nos traz vida e nos faz viver!!!
Eu estou me acostumando á solidão, embora a dor no peito me parta ao meio.. me acostumo á escrever sobre aquilo que penso em fazer, e não sobre o que fiz!
O que é ser amado?
Infelizmente falando, eu não sei. Vc sabe?

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Escrever (doc.)

Gosto de escrever. Não é muito e nem o bastante, mas é uma conexão de interligação entre meu eu e o um outro eu. Não sei qual a explicação que eu deveria dar á isso tudo, mas a verdade é que tenho me animado á voltar escrever como dantes.
Pensava eu que tudo isso tinha se perdido, até descobrir que ainda posso me conduzir através de palavras para um mundo em que a imaginação, o pensar e a criatividade é que são donos de mim. Mesmo sabendo que estes bens, estão cada vez mais faltosos em nossa sociedade. Que infelicidade!!!!!
Todavia, ainda boto fé, ainda tenho esperança, mas a credibilidade é que tem se perdido e tem se mantido vazia perante o nosso universo. Onde é que estão os nossos sonhos? No MEC? A minha absolutariedade de jovem pessimista (ironicamente digo isso) é de que não está no MEC, nem em alguma instituição ou poder maior. Os nossos sonhos e vontades estão dentro de nós. E esse é o nosso maior poder: a força de querer, de conquistar e a idéia para fazer. E literalmente: não vamos deixar que tirem isso de nós!!!!!! Não mais uma coisa . . .
Ter fé.
Ter responsabilidade.
Ter ação.
Nós não somos objetos, embora, os nossos pecados nos dominem.
Nós ainda podemos vencer. Se quisermos.
Eu acredito na E D U C A Ç ã O!
Eu acredito naqueles que possuem sonhos. Não sonhos de egoísmo, mas de vitória em conjunto, como quando pregava Raul Seixas. Dizia ele: sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto É REALIDADE.
Podemos ainda viver isso? Um momento de reflexão, por favor (novamente uma ironia, para quem se lembra dessa parte).
E porque não?
Acredito no poder da leitura.
Mas nada mais presencial que uma interação face-a-face. A especulação. O questionamento do saber entre os olhos que se fitam.
É bom interagir escrevendo, como faço agora.
É tudo muito ótimo.
Tudo muito certo com a lei, não é mesmo?!
Mas o poder de uma boa idéia escrita, não é apenas quando se lê algo, mas quando nós interrogamos esse algo.
As palavras quando escritas, nos trazem as especulações quando bem analizadas.
Mas as palavras quando são ditas, nos tocam profundamente por terem sido faladas no mesmo momento em que nossos olhares se fitavam!!!!!...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

CRôNICAS - VIII (exerc.)

Romance da Moça
(Carlos Heitor Cony)



Pensei que fosse coincidência. Sempre que descia à garagem, ela estava por ali, aparentemente à espera de alguém. Com o tempo, passei a cumprimentá-la.

Num dia de chuva, ofereci carona. Ela recusou. Um amigo viria buscá-la. Em sinal de gratidão, avisou-me que um dos pneus do meu carro estava baixo. Aí fui eu que agradeci.

Não sei se na mesma semana, ou na seguinte, ela entrou na minha sala. Anunciou-se à secretária de forma estranha: "É a moça da garagem." Sim, era ela, com uma pequena pasta à mostra.

Resumindo: fizera um romance. Não conhecia ninguém na área editorial ou literária. Perguntou se podia deixar os originais, não tinha pressa, queria uma opinião.

Com pequenas variantes, isso já aconteceu outras vezes e acontece com todos nós, que de alguma forma fazemos parte da tribo que se dedica a esse tipo de ofício.

Oferece-lhe um café e abri o original. Não havia indicação de autor ou autora. O título era uma charada "S.O.S". Havia uma epígrafe de São João da Cruz, falando da escura noite da alma, e uma estrofe de Bandeira: "Mas para quê/ tanto sofrimento/ se lá fora o lento/ deslizar da noite".

Elogiei as epígrafes e abri a primeira página. Começava assim: "Salve a minha alma!". Levei um susto. Como início de romance, era péssimo. Mesmo assim, senti alguma coisa de íntimo naquele grito ou naquele desespero. Fora esse o início de um romance que não cheguei a terminar.

Ia perguntar onde ela encontrara aquele original tão perdido que nunca mais me lembrara dele. Não foi preciso. Ela se identificou: "Sou filha de Martha. Você deixou este original com ela. Antes de morrer, pediu-me que o entregasse."

Naquele dia a moça aceitou a carona.

CRôNICAS - VII (exerc.)

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.



Luís Fernando Veríssimo

CRôNICAS - VI (exerc.)

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".



Luís Fernando Veríssimo

ZÉ DA FEIRA - Não morreu! (exerc.)

E para quem pensava que ele estava morto ou decapitado, engana-se. Está mais vivo do que nunca.

HISTÓRIA DE HOJE: Pedro, amigo de Zé.


Dona Lavínia, mulher de Seu Pedro que é o melhor amigo de seu Zé, pergunta para Higor que é afilhado do Zé:
- Aonde que anda seu padrin mininu?
- Não sei tia (responde Higor um tanto pertubado).
Dona Lavínia, que não gostava de que seu Pedro bebesse, foi logo a sua procura, e o modo mais fácil era encontrar seu Zé primeiro. Só que, quando juntava Zé e Pedro, a procura era mais longa e cansativa.
Dona Lavínia:
- Marta, cê viu o Zé por ái?
- Não não não dona Lavínia, pur causa de quê?
- Pur causa que ele saiu cum meu Pedro pra ír beber.
- Ah! Dona Lavínia! Lamentu mas naum sei onde é que tá não.
- Di qualquer forma Martinha, muito obrigada viu, Deus te acompanhe.
- De nada dona Lavínia, quarquer coisa cê me chama viu?
- Pode deixar Martinha.
A cabeça de dona Lavínia já estava começando a ferver, mas de repente ela simplesmente parou para refletir e foi direto ao bar que ficava logo de frente a barraca de quintada do Zé da Feira. E quem estava lá? Eram eles mesmos, Zé e Pedro. Dois grandes e antigos amigos, comemorando mais um dia de sol e cantando com a viola de acompanhamento.
Mas, dona Lavínia não queria saber nada daquilo e foi logo gritando:
- Saiiiiiia já daí Pedro!!!!! Volte ao seu trabalho!!!
- Carrrrrrrrma mulé, não vÊ que eu estou apenas tomando uma branquinha.
- Que branquinha o que Pedro, vai logo para casa, vc só me faz vergonha nesse bar, tá quase morrendo mas não se cansa de beber.
- Ohhh mulé, vê se entende, poxa vida! Já me cansei de tantas coisas, mas não ia me cansar da melhor, vc não me dá substancia em casa, eu procuro na rua.
- Ahhh seu Pedro marvado, vá logo para casa ou lhe levo a força, não brinque comigo.
Seu Zé, vendo toda a situação logo veio intervir:
- Aqui não é lugar de lavar bebida mal tomada, vão logo para casa, os dois imediatamente.
Sem questionar o pedido de Zé, Pedro logo foi para a casa com a mulher berrando aos seus ouvidos. Chegando em casa, a mulé olha pra ele e fala:
- VocÊ já foi beber né!!?!
- E Pedro imediatamente contradiz: é mulé, eu já fui bebê, já fui criança e já fui jovem, hoje eu sou alcóolatra!!!!

CRôNIANDO (exerc.)

Escrever não é moleza, mas pode ser brincadeira.
Ler não sua o corpo, mas é um exercício.
Orkut não é secretária, mas manda recado.
Ponto e vírgula não é tanta questão mas muda a direção.
Escolha não é dúvida, mas nos deixa confusos.
Fotografia não arranca pedaço mas tira um momento.
O enter não entra, pede o próximo.
Shift é só pra levantar.
A comunicação social é capitalista.
A palavra free nem sempre está relacionada com liberdade.
Oportunidade não é escolha.
Dá é uma palavra monossílaba oxítona terminada em A.
Fazer piada é apenas fazer piada, não necessariamente com graça.
Humor negro não é questão de cor, é questão de intelectualidade.
Viajar não é sair de casa.
Pagar uma dívida nem sempre é questão de promessa.
Dever é direito dos consumistas.
O photoshop é um operacionalizador em todas as áreas e línguas apenas no computador.
Realidade não significa apenas estar em casa.
Livro de auto-ajuda é auto para quem fez, para quem ler é livro de ajuda.
Terça-Insana é uma peça comédia de todos os dias.
Ser irônico não significa ser ingraçado.
Brincadeira tem hora, não dia.
Calça apertada engorda mais.
Blusa de bolinha emagrece.
A zebra é preta e branca ou branca e preta?
A palavra viciado se origina de vício.
Cu não tem acento.
Enfim, é quase término não ponto final.
Vírgula é a separação de palavras diferentes que querem dizer a mesma coisa.
Caps Look não significa caixa alta.
Existe HOME e END no seu teclado.
O F5 fica entre o F4 e o F6 que ficam na mesma carreira do F10 e F12.
Você está com a mão no mouse.
Ponto termina. Ou começa.
Ler essa crônica é para poucos.
Ter blog é uma questão de nota, não de prazer.


Uma analfabeta crôniando - Tarlis Araújo

CRôNICAS - V (exerc.)

Para quem não disperdiça boas crônicas, essa é a PaRaDaaAAA:
http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_cronica.html

Realmente vale á pena dá uma conferida no link acima.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CRôNICAS - IV (exerc.)

menu de crônicas

Veja só o que os anos noventa fizeram com você:

01. Você tenta teclar a sua senha no display do microondas.
02. Você não joga paciência com cartas de verdade há anos.
03. Você pergunta, via e-mail, se seu colega ao lado tem vontade de
tomar uma cervejinha contigo e ele responde, por e-mail:
"me dá cinco minutos...".
04. Você tem 15 números de telefone diferentes para contatar sua
família de 3 pessoas.
05. Você contata via Chats desconhecidos do mundo todo mas não sabe
quem é o seu vizinho.
06. Você compra um PC novo e uma semana depois ele já está ultrapassado.
07. O motivo pelo qual você perdeu o contato com seus amigos é que
eles têm um novo e-mail.
08. Você não sabe o preço de uma carta comum.
09. Para você, ser organizado significa ter vários bloquinhos de
Post-It de cores diferentes.
10. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail.
11. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende o telefone em sua própria casa.
12. Você digita o 0 para telefonar de casa.
13. Você senta há 4 anos no mesmo escritório e já trabalhou para 3 firmas diferentes.
14. Você vai ao trabalho quando ainda está escuro,
volta para casa quando já escureceu de novo.
15. Seus pais te apresentam aos amigos assim: "ele trabalha com computadores...".
16. Você reconhece seus filhos graças às fotos que estão em cima da escrivaninha.
17. Você leu esta página e balançou positivamente a cabeça em cada ponto.
18. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem.

CRôNICAS - III (exerc.)

O mundo está chorando.


Depois de assistir a uma grande catastrofe,
que resultou em dezenas de milhares de inocentes mortos.
Trata-se do atentado contra o World Trade Center.
Um atentado contra a vida, a liberdade e a democracia.
Pessoas do mundo inteiro se sensibilizaram com as cenas chocantes
e o sofrimento das pessoas que morreram lá.
Pessoas que tiveram uma vida feliz, saudável, e cheia de oportunidades.
Realmente, as pessoas do mundo são muito solidárias,
e isso pode ser comprovado vendo-se essa comoção geral.
Mas o engraçado é que ninguém se assusta com os paises pobres.
No mundo inteiro, todos os dias morrem milhares,
talvez dezenas de milhares de pessoas de fome e doenças.
Pessoas que nunca tiveram um dia tranquilo na vida.
Pessoas para quem a vida foi a sobrevivencia.
Mas ninguém se incomoda.
Paises que foram explorados pelos Estados Unidos,
hoje tem pessoas que morrem de fome, mas ninguém se incomoda.
Na Africa morrem diariamente milhares de pessoas de AIDS,
enquanto os EUA não liberam os remédios,
porque estão preocupados com o lucro dos Royalties.
E ninguém se importa.
Mas o mundo inteiro sofre pelos americanos mortos.
Os EUA invadiram a Guatemala, financiaram os contra Nicaragua.
Causaram o genocidio de 800.000 ruandeses em 1994.
Bombardearam o palacio La Moneda no Chile, mataram Allende.
Sustentaram a ditadura de Idi Amim Dada,
sanguinario que comia literalmente seu próprio povo.
Forneceu recursos, instrução militar e de guerra suja a Osama Bin Laden,
para que lutasse contra os soviéticos durante a ocupação do Afeganistão;
hoje chama-o de "inimigo número 1" e quer come-lo vivo.
Treinaram os torturadores do mundo todo, inclusive os brasileiros.
Sacrificaram e ainda sacrificam o povo iraquiano.
Destituiram governos matando a humanidade em nome da humanidade.
Intitularam-se "delegados do mundo",
achando-se no direito de interferir em qualquer pais.
Bancaram e armaram Israel e subjugaram Palestinos.
Begin, antes de ser primeiro ministro em Israel,
foi um terrorista fichado no Reino Unido,
tendo sido o responsável por inumeros atentados.
Defenderam o Regime do Xa Reza Palevhi, no Irã, a ditadura Turca,
invadiram a baia dos porcos, em Cuba.
Anexaram parte do México a força.
Jogaram as bombas em Nagasaki e Hiroshima quando a guerra já havia acabado,
apoiaram incondicionalmente o regime do apartheid na Africa do Sul,
financiaram a UNITA em Angola,
bombardearam junto com outros paises a republica espanhola,
bancaram as ditaduras militares na America Latina,
inclusive as do narcotraficante Hugo Banzer e Somoza.
Ocuparam o Vietna, mataram seus proprios soldados,
dividiram a Coreia do Norte e do Sul, detonaram o Camboja.
Mas ninguém se incomodou com as vítimas desses atentados cometidos pelos EUA.
Muito mais do que dezenas de milhares.
Talvez dezenas de milhões. Talvez mais.
Mas ninguém se importou.

ARNALDO JABOR

CRôNICAS - II (exerc.)

Aprendi a querer o que Deus quer

“Aprendi a querer o que Deus quer, e tudo o que quiserdes, certamente se realizará.”

“Se, pois quiserdes colher à esquerda, semeai à direita:
meditai neste conselho que tem a aparência de um paradoxo
e que vos faz entrever um dos maiores segredos da filosofia oculta.”

Deus é o Universo, é a alma da Luz, é a verdade absoluta.
Deus é o capaz, é a razão, é o paradoxo de nossas vidas.

Temos o livre arbítrio, mas como toda regra, se tem exceções.
Somos donos do nosso destino, mas o que somos nem sempre
é o que gostaríamos de ser.
Tudo realmente está escrito nos astros e é por esta razão que os anjos nos ajudam
a enfrentar nossas vidas, para que possamos evoluir.
O grande segredo da Magia, é o AMOR, porém é preciso distinguir
o amor que imortaliza do que mata.

Deus sempre enviou anjos à Terra, para que homens
se sintam protegidos e amados na mais remota solidão.
E o que é a solidão senão um aprendizado de elevação.
Aprendi que nada nessa vida acontece por acaso
e se o acaso ocorre, geralmente nós o procuramos.
O amor e o ódio vivem lado a lado.
Quantas vezes pedimos aos anjos ou a Deus que nos ajude em alguma coisa?
Mas quantas vezes agrademos pelo ar, por esse Sol,
essa terra maravilhosa que está aí, de graça?
Pela dor, aprendemos, mas pelo amor, esquecemos de aprender ou de ensinar!

Nesse momento, coloco toda minha existência e razão de ser,
para que as pessoas possam sentir o alívio, sentir a Paz,
sentir que o material não é nada comparado com uma alma leve, solta.
Todos os dias estamos aprendendo, vivendo e vivenciando
momentos que de repente se perdem com o passar do tempo.
Vivemos reclamando por um amor perdido,
por falta de dinheiro, por falta de CORAGEM.
Deus nos fez a Sua imagem, então, podemos concluir que somos parte de Deus
e esse Deus está em nosso consciente.
Se sofremos, Deus sofre.
Se choramos por um amor perdido, Deus chora.
Se cruzamos os braços, Deus cruza também.
Na realidade, o que estou esclarecendo nesse momento,
é que na ERA de Aquário, o nosso maior inimigo oculto, somos NÓS mesmos.
Amor não se perde, é eterno. Braços cruzados nos aleija.
Chorar, geralmente contrai músculos e chega a envelhecer.
Covardia é Guerra perdida.
A ausência de religião hoje em dia, nos ensina erroneamente a vida,
pois nos tornamos cada vez mais materialistas
e é por está razão que os Anjos chegam
para resgatar essa ausência de existência.
Temos que aprender a nos respeitar, a nos amar,
a nos influenciar por verdadeiros valores.
Anjos não tem idade, sexo, ou religião.
Eles são emissários e mensageiros de Deus.
É por intermédio deles que Deus nos ajuda.
É por intermédio deles, que evoluímos a cada vida.
Para cada dia há um Anjo e para cada Anjo há um ser.
Nesse momento, iremos entrar numa lógica do ocultismo.
Vamos verificar como e porque a sua Paz depende tanto
da sua Boa Vontade e de sua Coragem.
Gabriel, um Príncipe angelical, avisou a Maria que ela iria Ter um filho de Deus.
Raphael e tantos outros tiveram e tem suas mensagens para nos dar.

“Temos aqui, uma megacrise e os anjos vieram para nos resgatar
e se não acreditarmos neles como expressão de “fraternidade” tudo será aniquilado!”

(Jimmy Carter)

CRôNICAS (exerc.)

menu de crônicas

Em 1960 Paulo Mendes Campos escreveu uma crônica chamada
“Ser Brotinho”, porém ficou um pouco desatualizada para o século XXI.
Abaixo minha adaptação para essa moderna e fria época.
O original pode ser lido no site:

www.releituras.com

SER TEEN

Ser teen não é viver em uma montanha azulada: é muito mais! Ser teen é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, real ou virtual, provocasse uma tosse de riso irresistível. Ser teen é não usar pintura alguma, às vezes, e ficar de cara lambida, os cabelos desarrumados como se ventasse forte, o corpo todo apagado dentro de um vestidinho tão de propósito sem graça, mas lançando fogo pelos olhos. Ser teen é lançar fogo pelos olhos. É viver a tarde inteira, em uma atitude esquemática, a contemplar o teto, só para poder contar depois que ficou a tarde inteira olhando para cima, sem pensar em nada. É passar um dia todo descalça no apartamento da amiga comendo comida aquecida no microondas e queimar o céu da boca. Ser teen é ainda possuir Ipod próprio e perambular pelo shopping do bairro com um ar sonso-vagaroso, abraçada a uma porção de mp3 e jpegs coloridos. É dizer um palavrão precisamente no instante em que esse palavrão se faz imprescindível e tão inteligente e natural. É também falar maneiro e caracas com um timbre tão por cima das vãs agitações humanas, uma inflexão tão certa de que tudo neste mundo passa depressa e não tem a menor importância. Ser teen é poder usar aparelho ortodôntico como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. É esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. É aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga. É ter o MSN cheio de mensagens, recados que os símbolos dos caracteres especiais tornam misteriosos, anotações criptográficas sobre o tributo da natureza feminina, um blogger com uma sentença hermético escrita, toda uma biografia esparsa que pode ser atirada de súbito ao vento que passa. Ser teen é usar piercing. É telefonar muito, estendida no chão. É querer se passar por homem de vez em quando só para conversar nas salas masculinas de chats pela madrugada. Achar muito bonito um homem muito feio; achar tão simpática uma senhora tão antipática. É fumar um cigarro de bali na sacada do apartamento, pensando coisas brancas, pretas, vermelhas, amarelas. Ser teen é comparar o amigo mais baixo do pai a um modelo de celular, e a gente vai ver está certo: o amigo do pai parece um modelo de celular . É sentir uma vontade doida de tomar banho de mar de noite e sem roupa, completamente. É ficar eufórica à vista de uma cascata. Falar inglês sem saber verbos irregulares. É ter comprado numa .com um vestidinho gozado e chic. É ainda ser teen chegar em casa ensopada de chuva e dizer para a mãe que veio andando devagar para molhar-se mais. É ter saído um dia com uma rosa vermelha na mão, e todo mundo pensou com piedade que ela estava doidona. É ir sempre ao cinema mas com um jeito de quem não espera mais nada desta vida. É ter uma vez bebido duas ices, quatro uísques, cinco taças de proseco e uma de vinho tinto seco sem sentir nada, mas ter outra vez bebido só meio cálice de vinho do Porto e ter dado um vexame modelo grande. É o dom de falar sobre futebol e política como se o presente fosse passado, e vice-versa. Ser teen é atravessar de ponta a ponta o salão da boite com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausentes. Ter estudado ballet e desistido, apesar de tantos telefonemas de Madame Saint-Quentin. Ter trazido para casa um gatinho magro que miava de fome e ter aberto uma lata de atum para o coitado. Mas o bichinho comeu o atum e morreu. É ficar pasmada no escuro da varanda sem contar para ninguém a miserável traição. Amanhecer chorando, anoitecer dançando. É manter o ritmo na melodia tecno dissonante. Usar o mais caro perfume de blusa grossa e jeans. Ter horror de gente morta, fantasmas, hackers e baratas. Ter compaixão de um só mendigo entre todos os outros mendigos da Terra. Permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um webdsigner estrangeiro de quinta ordem. Eventualmente, ser teen é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. É fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. Tomar uma pose, ora de soneto moderno, ora de minueto, sem que se dissipe a unidade essencial. É vasculhar e-mail de parentes, amigos, mestres e mestras com um ar sonso de quem nada vê, nada ouve, nada fala. Ser teen é adorar. Adorar o impossível. Ser teen é detestar. Detestar o possível. É acordar ao meio-dia com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar de só de shortinho telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um hamburger no shopping só para ganhar o brinde , tão estranha é a vida sobre a Terra.

Adaptada por Edas Lopes Júnior (2006)