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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

FRAGMENTAÇÃO (exerc.)

Texto Fragmentado: - I



INTERPRETAÇÃO SEM COMPREENSÃO.

É daqui e dali. Posso até ouvir. Ouvir algumas músicas que consigo interpretar. Todavia, não me é visível a tal da compreensão. É esse o palco da vida? De que nós interpretamos, todavia não compreendemos?. Seja o suor. O suor do trabalho brutal. Físico. Mental. À que dedico toda essa sacanagem de viver? Para mim, não sei porque. Não tem de quê. Não tem para que. Para que essa sacanagem de interpretar mas não compreender.
É um aborrecimento brasileiro. Me diz para que serve tanta burocracia? Eu interpreto. Eu não compreendo. Não compreendo tanta injusta. Dor. Mágoa. Rancor. Fome. Doença. Tanto aborrecimento.
Eu sou brasileira. Nasci. Cresci. Vivi. Existi. Só que eu ainda estou nascendo. Eu estou vivendo. Estou existindo. Ainda não morri. E se morrer? Para que isso me serviria? Aliás, para que me serve viver?
Viver a vida. É esse o tema? Seria esse o dilema? Mas que fragmentação. Que total fragmentação. Deixo a marca da minha rotina brasileira. Rotina essa que muitas vezes me deixa na mão. Me faz sofredora. Inútil. Massa. Vingativa.
Mas, seria eu capaz de compreender além de interpretar? Deixo minhas memórias vãs e sadias para aqueles que querem ler. Interpretar. Compreender. Eu ainda sou acadêmica. Ainda preciso existir. Ainda preciso usufruir. Ainda preciso me fazer ser humana.
Apenas para concluir. É que eu posso dizer que eu mesma sou apenas um período de um texto indecisivo. Só terei total compreensão quando não houver politicagem. Ora pois, seria isso possível? Aí fica a minha indagação e indigestão brasileira. É que sou filha de gente brasileira. Mas não sou besta.



Texto Fragmentado: - II


SOU CONTEMPORÂNEA.

Sabe. Eu sou da História Contemporânea. História maldita e complexa. Por qual depende de sua História Primitiva, Medieval e Moderna para seguir adiante. Estudamos, desde sempre, seus duelos e romances. Só que, assim como em todas as outras Histórias, na História Contemporânea há novidade. E muita. Internet. Jogos virtuais. Contos. Novos contos. Machado de Assis. Carlos Drummond de Andrade. Carlos Heitor Cony. Janis Joplin. Elvis Presley. The Doors. Cláudio Abrammo. Altair Hoppe. Comunicação Social. Agente da passiva. Gente indecisiva. Eu. E tem uma tal de coisa nova, muito nova da arte contemporânea. É o tal do texto fragmentado. Nova merda que inventaram. Não é coisa tão nova. Aliás nem é coisa nova. Apenas descobriram que eram assim. Intitularam. Deram nome. Conceito. Justificações. Formas. Mas, depois de descobrir o que era essa coisa fragmentada, pude perceber. Perceber que eu também era assim. Que chato!!!!! Só que, é aí que está o segredo. Eu tenho vários períodos que não são “interligados”. São fragmentados. Pequenas moléculas de qualquer coisa que formam a coisa toda. Interessante. Junta tudo e mistura. “Mejidão”. É a sobra da história que passou. Juntei. Até que ficou bom. Eu me absorvi na genética e me evolui (ainda estou) conforme os andamentos. Mas no fundo, tenho essência. Essência de qualquer coisa. Nem sei. Só sei que até eu possuo fragmentos. Me incluo. Me “excluso”. Me encaixo em qualquer canto. Me dou bem.
Mas apesar de tudo isso, é que nesse último parágrafo, eu não queria deixar fragmentos. Eu queria era ligar uma coisa á outra através dos cognitivos e assim por dizer, concluir meu texto de número 2 do blog tal, para que algo aqui fosse diferente, mas não sei que diferença seria essa, talvez o Da Vinci explique, mas é que afinal, juntando paráfrase, fragmentação e texto simples e complexo, posso dizer que tudo isso é meu. Sou do passado, presente e futuro. E isso sim sou eu.

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