Páginas

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PARÁFRASE (exerc.)

Exércício I –



O palco, distante de apenas ser o volante da apresentação, acervo do autor e da literatura, é uma cultura de direito próprio, em relação ao qual o enredo é escrito. O enredo não é servidor do palco, mas sim, parte dele. Sendo que este o introduz como um de seus membros. Portanto, palco não é nem literatura e nem gancho dela. Mas sim, uma cultura diversificada da mesma. O enredo, literatura transcrita, produz palco quando são representados, enquanto vividos por seus atores, tornando-se seus personagens. E essa união do ator com o personagem (personagem descobrindo o eu do ator e o ator o eu do personagem, momento este que faz da literatura uma arte inocentemente temporal e auditiva) é que traz fundamento para o palco, recebendo limites da arte espaço-temporal/áudio-visual.
O domínio da linguagem muda-se veementemente. E é a linguagem que penetra o imaginário na literatura. No palco, são seus representantes (imaginários) que penetram a linguagem. Na literatura, a linguagem penetra o universo da imaginação. No palco são os seus representantes que penetram a linguagem. Na literatura, linguagem significa riqueza de um homem (dos personagens). No palco, a riqueza da linguagem é o homem.





Exercício II –


Levantei-me, examinei na roupa no arrimo da cadeira, retirei dos bolsos cigarros e fósforos, apoiei-me na janela, estive admirando o pátio escuro, fumando. Longínquo. Deveria me conduzir de qual forma? Se tivesse hora necessária para pensar, seria praticável unir pensamentos, limitar sentimentos, haveria objetividade nas ações e nas linguagens, transpareceria um indivíduo quase civilizado. Entretanto, nesse momento novato imposto para mim, excitam-se os imprevistos, e na frente deles será provável embaraçar-me, desconchavar, atirar os pés pelas mãos. Logo abaixo, em alguns metros afastados, dois vultos, acompanhando um portão, pareciam grandes sujeitos disfarçados. O que eram? Pilares? Haveriam de ser pilares. Retirei-me, sai cuidadosamente, silenciando os passos, amedrontando-me de encostar-me nas cadeiras.





Exercício III -


Só para proteger-me é que venho aqui, exibindo as excentricidades sem razões que correm sobre os que me negligenciam em dó, e da morte de Crisóstomo. É portanto que para vocês que rogo que me atendam, não haverá necessidade de muito tempo, nem vocábulo extenso, para guiar com brancas sinceridades os refletidos. O maravilhoso céu se fez devido a petição de muitos; por quanto em vocês me resisti devido a aptidão que mostraram-me, falam, e também supunham, que eu estou forçada a compreendê-los. Deus me deu um entendimento peculiar e sei que toda beleza é amada, entretanto não compreendo que quando sou amada sou também forçada a amar, sendo possível a feiúra do companheiro da amada. Ora pois, se for feio este aborrecimento, digo impropriadamente que: “Te desejo por belezura; e você ainda que belo não seja, tem de me amar também”. Todavia, referindo que as belezuras tendem de partículas iguais, mesmo assim não irão querer de forma igual, porque nem todas as belezuras cuidam; algumas satisfazem os olhares, mas não os desejos em ato físico. Se todas as formosuras olhassem e rendessem ao olhar, haveria de ser um turbilhão de desejos duvidosos e mal encaminhados, e não saberiam quando deter-se; pois quanto mais extensivos fossem as formosuras, mais extensivos seriam suas vontades e de acordo com o que tenho escutado, o amor real não é dividido, deve ser espontâneo e não influenciado. Por essas coisas, digo que é certo que queiram que eu me renda as tuas vontades, convencida apenas por me querer bem? Diga-me se da mesma forma que Deus fez-me bela se me fizesse feia, correto seria me indagar de vocês por não me amarem? Além do mais, vocês devem atentar que eu não quis a beleza que em mim é vista; por qual é e que para mim foi dada em graça, sem eu indagar ou forçar; da mesma forma que a cobra não deve ser culpada do veneno que tem, sendo possível ferir com ela, em virtude de ter sido assim atribuída por natureza, e do mais e não devo sofrer por ser bela, pois a beleza na mulher adornável, tende a ser o mesmo que o fogo sobressaído, ou até como a afiada espada, que nem ele é consumido pelo fogo, nem ela singra a quem dela não se aproxima. É honestidade da alma a honra e a virtude, e sem isto o corpo não deve ser belo, mesmo que assim o seja. Porque sendo a honestidade uma das virtudes que o corpo e a alma mais suscita e aparentam, por qual motivo há de desperdiçar a que é amada por ser bela. Apenas por devolver o propósito de quem, só por sua vontade, de toda força e desejo, pretender que a desperdice? Eu vim para o mundo livre; e para continuar livre optei a tranqüilidade das terras verdes; fica em minha camaradagem as árvores que aqui têm-se; o meu reflexo são essas águas e pelas árvores e pelas águas transcedo o meu pensar e a minha belezura!”.




Exercício IV -


Mesmo sendo unidos em certos instantes, o racismo e o nacionalismo são opiniões autonômicas. Sendo que racismo - há uma deformidade ideológica - faz uma representação de um biológico conceito e nacionalismo representa conteúdo histórico, político e cultural. Da opinião severa nacional, que diz respeito de uma procura do englobamento de toda população, a definição de raça faz-se inacabada, sendo que é fato a existência das diferenças raciais que há no mundo. A visão do racismo, antes de ter uma justificação através do ideologismo e através da adquirição por meio de outros mundos, já foi em diversas faces um mode de explicar as desigualdades das classes sociais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que a LUZ te abençoe!